1 de dez. de 2010

PUBALGIA NO FUTSAL

O termo pubalgia e pubeíte são termos sinônimos para relatar a afecção que comete a região do quadril onde se insere a musculatura do reto abdominal e origina-se a musculatura adutora da coxa, ambos intermediados pela sínfise púbica e pelo músculo púbis.
Estatisticamente a incidência de lesões pubianas no futsal é menor do que as relacionada ao futebol. Algumas razões diferenciais poderiam explicar tal motivo, mas de outra forma, encontraríamos também razões para explicar um possível aumento de sua incidência no futsal.
Por exemplo, se de uma forma o futebol possui piso de jogo e uma dimensão do campo onde exige uma força maior da musculatura adutora e abdominal, o futsal, onde a bola rola com mais facilidade, exige uma freqüência maior de passes pelo dinamismo do jogo e com uma bola mais pesada.
O importante é saber que tanto no futebol quanto no futsal já vem a algum tempo diminuindo sua incidência e também seu tempo de reabilitação.
A profilaxia é bem mais presente pois já se sabe muitos motivos que levam que levam à pubalgia. As razões da diminuição do tempo de tratamento também são baseadas nos conhecimentos mais aprofundados da patologia.
O púbis em si, é um pequeno músculo localizado entre a sínfise púbica no complexo do quadril que ainda possui o osso íleo e ísquio. Por algum motivo o púbis começa a ser agredido entre a sínfise púbica de maneira pressionado ou estirado. O principal motivo deve ser logo descoberto e combatido para um tratamento mais eficaz.
As dores iniciais normalmente aparecem na região adutora mas um exame completo deve ser bem feito e de maneira rigorosa para eliminar dúvidas de outras patologias que surgem com os mesmos sintomas como por exemplo a própria lesão do adutor, hérnias inguinais, infecções do trato urinário ou vias espermáticas e no caso da mulher afecções relacionadas ao útero e ovário. Dá-se o nome disto de Diagnóstico Diferencial e normalmente um exame de ressonância nuclear magnética da região ajudar a esclarecer, mas um exame clínico realizado demonstra cerca de 95% do diagnóstico final.
Caso se tenha desequilíbrio da musculatura envolvida na região a pubalgia deve aparecer com mais freqüência. Encurtamentos da musculatura posterior da coxa fazem uma báscula anterior do quadril e estressa o púbis, encurtamentos da musculatura adutora geram tração inferior do quadril assim como encurtamentos do reto abdominal geram tração superior do quadril e, ainda, fraqueza do reto abdominal promove a falta de estabilização desta articulação. Todos estes motivos podem dar início a pubalgia.
Então, entendeu-se, que o tratamento clínico e de fisioterapia é indispensável mas o melhor caminho é o relaxamento destes três grupos musculares com exercícios de flexibilidade e numa fase adiante, sem dores importantes, a associação com exercícios isométricos da musculatura da parede abdominal é fundamental também para estabilidade final do quadril.
Um programa de exercícios posturais também é necessário para manter todo complexo do quadril sempre equilibrado com sua musculatura e colaborar com o tratamento e profilaxia. Assim, a questão final, acaba sendo BIOMECÂNICA.
O período costumeiro para protocolo de tratamento sempre gerou em torno de 03 meses para depois se tomar medidas mais agressivas no caso de não melhora, como a infiltração e intervenção cirúrgica.
Mas o diagnóstico rápido e correto e um bom recurso terapêutico associado ao entendimento biomecânico estão levando à redução absoluta deste tipo de lesão.

E pelos mesmos motivos, as intervenções profiláticas estão tratando de acabar vagarosamente com as pubalgias.


Dr. Renato M. Jorge 
Fisioterapeuta da Malwee Futsal

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